Quando Cuba deixou de ser “colônia” dos EUA, após os revolucionários tomarem o poder, o líder Fidel Castro, tentou com alguns presidentes estadunidenses acertos que possibilitassem o desenvolvimento do povo cubano. Não conseguiu da antiga metrópole, cooperação.
Posteriormente, com o atiçamento dos EUA em querer retomar o controle da ilha cubana, após os 2 momentos mais críticos dessa relação entre os dois países – a invasão pela Baía dos Porcos (1961) e a crise dos mísseis (1962) – definitivamente, Cuba percebeu que não poderia contar com apoio americano e procurou os russos, por questão de sobrevivência. Do contrário, seria engolida pelos EUA. (Esse detalhe de Fidel ter procurado, primeiramente, os estadunidenses, é propositalmente esquecido, e tem seus motivos…).
Cuba, para sobreviver, teve sua economia subsidiada pelos russos. Também, viveu do aproveitamento dos seus pobres recursos naturais (tabaco e cana de açúcar).
Com a istração destes parcos recursos, transformou-se num exemplo para o mundo, por resolver, em décadas, problemas seculares não resolvidos em outras ditas democracias. Há paradoxo, nisso? Sim! E, nos faz pensar… Mas, o que o exemplo cubano e a liderança de Fidel e Che poderiam deixar para Camalaú, em particular, e para os demais municípios do cariri paraibano como um todo?
Vejamos alguns pontos:
Os revolucionários cubanos, sob o império das circunstâncias e sob a liderança de Fidel Castro, moldaram o sistema de governo cubano sem o pluripartidarismo – mesmo tendo eleições – e ser centralizador nas decisões. Isto nos faz tirar possíveis lições. Uma dessas lições é o foco nas próximas gerações, pois, Cuba, internamente, não tendo eleições pluripartidárias, pensava nas próximas gerações, não nas próximas eleições. Numa eleição, as energias criativas são desperdiçadas pelas paixões partidárias. Com isto, eleições são tremendamente desagregadoras, dificultando a convergência de energia ao propósito final dum governo: desenvolvimento do seu povo. Vê-se este desagregar de energias nas eleições no cariri. Só que não acontece em todo sistema político.
Outro ponto foi que os revolucionários cubanos formaram núcleos centralizadores de ideias, com o centro de convergência à figura do líder, Fidel Castro. Isto facilitou o foco, não perdendo energia criativa nas infindáveis disputas apaixonadas em eleições entre o partido A e o partido B. As cabeças pensantes do país miraram em desenvolver seus recursos naturais e humanos em prol da evolução de seu povo.
No caso específico de Camalaú ou qualquer município da região caririzeira é NECESSÁRIO ISTRAR, SIM, PENSANDO NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, e como se diz no futebol: com o regulamento debaixo do braço, pois, diferentemente de Cuba, temos eleições pluripartidárias. Essa é nossa realidade. Mas, como em Cuba, é urgente ter gente para pensar no aproveitamento dos recursos naturais e humanos para começar a dar saltos fora dos paradigmas de eterna dependência dos recursos federais ou estaduais, da caixa mental que o povo vive, e procurar fazer parceria com os “russos”, assim como Fidel fez em Cuba. Os nossos russos são os outros municípios, o estado e instituições nacionais e até internacionais, que estão prontas a cooperar, se tivermos energia e inteligências voltadas para esta busca. E, por certo temos.
Ora, se Cuba com tão pouco (um PIB ridículo, irrisório, em que ocupava a 120ª posição no ranking, em 2008, na saída de Fidel do governo), conseguiu fazer tanto pelo seu povo, ao ponto de se tornar referência mundial em áreas importantes como saúde e educação, Camalaú e demais municípios do cariri, seguindo esse caminho, podem deixar de depender unicamente de rees governamentais. Precisa canalizar as energias e inteligências para isto.
Nota-se de Sandro Môco, vontade política de fazer a melhor istração possível. O que é muito bom. Nota-se da sua equipe, o mesmo propósito. É preciso buscar parcerias. Procurar “os russos”, equacionando, PRÓXIMA ELEIÇÃO COM PRÓXIMA GERAÇÃO.
Deixando claro, que isto é algo que se pode conseguir, mas NÃO EM MÉDIO PRAZO, MAS EM LONGO PRAZO, pois requer mudança de mentalidade não só da população, mas, às vezes, dos próprios gestores. Mas esta mentalidade pode ir sendo construída aos poucos.
PROCURAR OS “RUSSOS”!
po: João Aurélio